Hiperdados: Apesar de o mundo todo estar de olho na inflação, há boas expectativas para o setor imobiliário brasileiro no 4º trimestre - Software para Incorporadora e Construtora

 

O setor imobiliário se aproxima do quarto trimestre com perspectivas bem melhores do que as do início do ano. A taxa básica de juros Selic está um ponto percentual menor, a inflação doméstica vem dando sinais de arrefecimento, e a pressão de custos nem se compara à enfrentada por incorporadoras de meados de 2020 até parte do segundo semestre de 2022.

Imóveis de alto padrão continuam vendendo bem, as expectativas para produtos destinados à média renda melhoraram, e o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida está atraindo novos participantes desde os ajustes anunciados pelo governo.

O mercado de capitais brasileiro pode até estar mais fraco do que se esperava, mas algumas empresas com atuação principal na baixa renda – Direcional, MRV e Tenda – conseguiram fazer suas ofertas subsequentes de ações (follow-ons) na B3.

Participantes do setor imobiliário seguem acompanhando, com lupa, inflação e juros – assuntos que mais chamam a atenção do mundo todo neste momento. Para quem compra um imóvel, os juros afetam tanto o valor das parcelas quanto a disposição de adquirir o bem que costuma ser o de valor mais alto na vida das pessoas.

Recentemente, o Brasil e parte das principais economias internacionais anunciaram as respectivas decisões em relação às suas políticas monetárias. É interessante notar que, por ter feito elevações de juros antes dos demais países, o Brasil saiu na frente também no início das reduções.

Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o segundo corte consecutivo de 0,5 ponto percentual da Selic – desta vez, a taxa básica de juros brasileira ficou em 12,75% – e sinalizou que os próximos cortes terão o mesmo patamar.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED) manteve a taxa de referência de juros do país entre 5,25% e 5,50%, mas indicou que poderá anunciar uma alta ainda neste ano.

Na quinta-feira, mais países divulgaram suas decisões de política monetária. Na Inglaterra, os juros foram mantidos em 5,25%; na Suiça, continuaram em 1,75%; na Noruega, subiram 0,25 ponto percentual, para 4,25% e, na África do Sul, permaneceram em 8,25%.

Na sexta-feira, o Japão divulgou manutenção da taxa de juro negativa em 0,1%.

A inflação voltou a assombrar a economia mundial, em meados de 2020, devido à desorganização das cadeias produtivas no início da pandemia de covid-19. Pouco mais de um ano depois, os custos começaram a ceder, mas a guerra da Rússia na Ucrânia resultou em pressão de preços de matérias-primas.

Houve alguma acomodação e, atualmente, os valores internacionais das commodities têm sido afetados por dois movimentos distintos. De um lado, o petróleo está em alta, como consequência dos cortes diários de produção pela Rússia e pela Arábia Saudita. De outro, o minério de ferro oscila, conforme a demanda da China e as expectativas em relação ao crescimento da segunda maior economia do mundo.

Os preços das commodities impactam os custos de insumos fundamentais para a construção, como vergalhões, além de a inflação afetar a capacidade de compra dos consumidores em todo o mundo. Não é em vão que haja tanta atenção no que acontece com a inflação e os juros, neste momento, mas não podemos deixar de olhar pelo retrovisor e ver que o setor imobiliário brasileiro vai terminar 2023 melhor do que começou.

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