Hiperdados: o mercado de apartamentos novos de Alto Padrão permanece bem movimentado
A valorização de morar bem continua a se refletir na demanda por imóveis dos padrões alto e altíssimo e, consequentemente, em lançamentos de produtos sofisticados. Em São Paulo – maior mercado imobiliário do país –, as incorporadoras apresentaram sete empreendimentos com preço médio por metro quadrado a partir de R$ 30 mil, de janeiro a julho, conforme levantamento da Hiperdados.
Veja a lista dos dez primeiros empreendimentos mais valorizados tendo como referência o preço médio do metro quadrado:
Neste ano, o Edifício Copa, da Lote5, ficou no topo da lista do metro quadrado mais caro lançado – R$ 37.901. Para efeito de comparação, quando se considera a totalidade dos lançamentos residenciais em São Paulo, o preço médio por metro quadrado foi de R$ 11.785 em julho. Esse valor superou em 5,03% o de seis meses antes e ficou 8,13% acima do registrado um ano atrás, segundo pesquisa da Hiperdados.
Os imóveis lançados para a classe alta vão desde compactos até apartamentos de centenas de metros quadrados.
Considerando as unidades tipo, o segundo empreendimento com preço por metro quadrado mais alto da lista – R$ 36.929 – foi o Safire by Elie Saab, com imóveis de 360 a 493 metros quadrados. Para efeito de comparação do tamanho, o Vitacon Lorena – detentor do quinto valor por metro quadrado mais elevado, de R$ 32.367 – possui unidades tipo de 17 a 130 metros quadrados.
Na concepção de produtos dos padrões alto e altíssimo, incorporadoras lançam mão de características físicas como pé direito maior do que o padrão e áreas de lazer com quadra de tênis. Buscar diferenciais visuais, assim como assinatura de escritórios de arquitetura internacionais e marcas de luxo também fazem parte das estratégias de algumas empresas para tornar seus produtos objetos de desejo.
Quanto mais exclusivo o empreendimento se mostrar, em número de apartamentos e desenvolvimento em um terreno considerado não replicável, maior a chance de os consumidores do segmento terem disposição de pagar muito por um imóvel daquele projeto.
Na região dos Jardins, por exemplo, praticamente não havia lançamentos até a retomada dos últimos anos, o que aguçou quem almejava ter um produto menos comparável aos demais cada vez em que um empreendimento novo chegou ao mercado.
Daqui para a frente, os bairros que tendem a concentrar mais projetos de alto padrão, na capital paulista, são Vila Nova Conceição, Pinheiros, Real Parque, Itaim Bibi, Paraíso, Indianópolis, Vila Olímpia, Moema, Chácara Santo Antônio e Jardim Paulista.
Nos últimos cinco anos, o total de unidades com valor superior a R$ 1.250.000 lançadas em São Paulo ficou em torno de 30 mil. Atualmente, o estoque de imóveis residenciais de alto padrão é de 8.500 unidades. Cálculos da Hiperdados apontam que há mercado potencial para lançamento de outras 7.000 unidades do segmento.
Por um lado, parte da demanda por unidades dos padrões alto e altíssimo vem sendo atendida, nos últimos anos, pelos imóveis apresentados por incorporadoras com atuação nesses segmentos. Em algum momento, a velocidade de vendas desses produtos – cujo público potencial é pequeno em comparação ao restante da sociedade – tende a cair.
Por outro lado, o início do ciclo de redução dos juros contribui para tornar investimentos em ativos reais, como imóveis, mais atrativos do que aplicações financeiras.
Vale lembrar também que, ao depender menos de financiamento imobiliário – realizando a aquisição, muitas vezes, à vista ou com a totalidade do pagamento até a entrega das chaves –, consumidores de alta renda são menos suscetíveis às variações da economia do que os de classe média.
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